terça-feira, 24 de novembro de 2009

Nossas Paradas.


1-Vinícola Aurora-Bento Gonçalves/RS
2-Região central de Bento Gonçalves/Rs
3-Adega Don Avelino-Tamandaré-Garibaldi/Rs
4-Vale dos Vinhedos-Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul/Rs
5-Monte Belo do Sul/Rs
6-Caminhos de Pedra/Bento Gonçalves/Rs
7-UCS-Caxias do Sul
8-Marcopolo-Ana Rech-Caxias do Sul/Rs
9-Região central de Caxias do Sul/Rs.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Relatório de Saída.

No dia 03 de Outubro, sábado, por volta das 05:15 nós alunos do curso de licenciatura de Geografia, saímos da Faculdade Cenecista de Osório para nossa saída de campo. Iniciamos o trajeto até Bento Gonçalves pela BR 290 até Porto Alegre onde fizemos uma pequena parada, logo após seguimos pela Br 116 até o bairro de Scharlau em São Leopoldo onde pegamos a RS 122, onde chegamos em Carlos Barbosa e ingressamos na RS 427 até chegar por volta de 9:00 em nosso primeiro ponto de pesquisas: Bento Gonçalves, nos dirigimos a Vinícola Aurora, onde conhecemos o interior da Vinícola, seus produtos, sua história, e o processo de fabricação do vinho além da sua forma de armazenamento, os diferentes tipos de uva e quais são usadas nos vinhos mais conhecidos. Em seguida nos dirigimos ao centro da cidade onde realizamos com o auxílio de uma guia um passeio por alguns dos principais pontos históricos da cidade, como a Cruzinha, por fim assistimos a um filme que fala um pouco mais da cidade. Após o almoço visitamos uma pequena propriedade, a Adega Don Avelino, já no município de Garibaldi, que é passada de geração em geração, lugar de parreiras centenárias e um ótimo suco de uva, onde conhecemos como vive o pequeno produtor, além de ver sua produção e armazenagem de perto, e mais algumas ''verdades'' sobre a produção do vinho. A seguir conhecemos o Vale dos Vinhedos, um lindo lugar que é formado por diversas adegas e vinícolas, além de empreendimentos voltados para o turismo, uma região que possui selo de qualidade de alto padrão, vinhos de padrão internacional, é uma região que é caracterizada pelo predomínio de grandes parreirais, que ao longo do tempo foram ''substituindo'' a vegetação nativa do lugar. Logo em seguida conhecemos Monte Belo do Sul, onde foi feita uma rápida parada e lá conhecemos sua praça central e sua centenária igreja. Após esta parada seguimos para o interior de Bento Gonçalves onde conhecemos o Caminho de Pedra, que se trata de um conjunto de casas muito antigas, da época da colonização Italiana, o que é muito marcante neste nosso roteiro, que por interesse turístico foram adquiridas por um grande e famoso hotel de Bento Gonçalves que as reformou e tornou em um importante roteiro turístico, segmento que movimenta a economia da região, estas casas possuem sua arquitetura original e são, em sua maioria, de pedra o que justifica o nome do roteiro. Nestas casas são encontrados pequenos artesanatos, comida e produtos típicos da região. Depois de passar a noite na cidade de Bento Gonçalves partimos logo cedo, por volta de 7 horas, para Caxias do Sul, segunda maior cidade do estado, onde primeiramente conhecemos o campus da UCS, a maior universidade do estado. Lá tivemos o auxílio de um professor do curso de Geografia que nos guiou pelo campus, que é uma cidade universitária pela estrutura que possui. Em seguida partimos para Ana Rech onde conhecemos uma das unidades de produção da Marcopolo, a maior empresa na produção de carrocerias de ônibus do Brasil e uma das maiores do mundo, com unidades em diversos países, e com produtos circulando em todos os continentes do mundo. Conhecemos também o grande poderio desta empresa na cidade, além de toda sua estrutura e depois partimos para a periferia da cidade onde conhecemos os principais problemas e a ocupação do lugar. Finalmente após uma parada em Farroupilha retornamos a Osório e chegamos à faculdade em torno de 17 horas do domingo dia 04. Concluímos que esta saída foi muito importante para nós, pois ao contrário da primeira que observamos mais o lado físico, nesta estudamos mais o lado humano, econômico e histórico da região, esta região que é uma das mais ricas de nosso estado, onde temos um alto índice per capita. Uma região muito influenciada pelo seu passado, a colonização Italiana que está presente em seus costumes entre outras coisas, além de ter uma vocação turística conta também, com uma forte indústria tanto moveleira, quanto metal mecânico, além da produção de vinhos de qualidade, entre outras qualidades econômicas. Não podemos esquecer que também há problemas como a destruição da mata para a plantação de parreiras, a poluição do Rio das Antas, principal rio da região. As maiores cidades, Bento Gonçalves e Caxias do Sul, principalmente a segunda, já começam a enfrentar problemas estruturais e sociais também, como a falta de água e de emprego além do aumento das periferias. Para nós esta saída vai além de servir como experiência, vai ter grande importância em nossa formação, pois o que vimos lá vai ter importância mais a frente em nosso curso.

Vinícola Aurora.




Nosso primeiro ponto de estudos foi na vinícola aurora em Bento Gonçalves, a maior vinícola brasileira e a terceira maior do mundo. Com mais de 1.100 famílias associadas, responsáveis pela produção média de 50 milhões de Kg de uvas, que resultam em aproximadamente 38 milhões de litros de vinhos anuais. Conta com capacidade de estocagem superior a 70.000.000 de litros de vinhos e a área construída de 110.000 m2. Possui centro de tecnologia em Bento Gonçalves e Bom Princípio, onde a um processo rigoroso de qualidade. Nesta visita conhecemos também a grande estrutura ali presente, além de conhecer um pouco dos 50 produtos que compõem a marca. Desde espumantes até vinhos de alto padrão.
A vinícola iniciou suas atividades em 14/02/1931 com 16 famílias associadas produzindo cerca de 300 mil kg de uva.
De 1998 a 2007, a Aurora conquistou mais de 200 prêmios, todos com a chancela da OIV.

Bento Gonçalves.


Vale do Rio das Antas.




Parque de exposições, onde se realiza a fenavinho,
a principal feira do ramo no país.













A Colônia Dona Isabel (Bento Gonçalves), criada em 1870, já era conhecida como Região da Cruzinha, A Colônia Dona Isabel sediava um pequeno comércio no qual os tropeiros faziam paradas para descanso.
Em 24 de dezembro de 1875, os núcleos do Planalto começaram a receber novos imigrantes e em março de 1876, o Presidente do Estado José Antonio de Azevedo Castro, anunciava a existência de 348 lotes medidos e demarcados e uma população de 790 pessoas, sendo 729 italianos. Simultaneamente pioneiros oriundos do Tirol Austríaco e Vêneto chegaram à esplanada onde hoje está situada a Igreja Matriz Cristo Rei.
Em 1881 inicia a abertura da primeira estrada de rodagem ligando a Colônia Dona Isabel a São Jõao de Montenegro (hoje Montenegro). O início do povoamento foi marcado por inúmeras dificuldades. Em 1877 a Colônia Dona Isabel sediava três casas comerciais, duas padarias, uma fábrica de chapéus e um total de 40 casas comerciais que ofereciam serviços e produtos diversos em todo o território da colônia. O desmembramento da Colônia Dona Isabel do município de Montenegro, foi oficializado pelo ‘Acto’ 474, de 11 de outubro de 1890, assinado por Cândido Costa, que constituiu o município de Bento Gonçalves. O nome foi dado em homenagem ao general Bento Gonçalves da Silva, chefe da Revolução Farroupilha, ocorrida no Rio Grande do Sul de 1835 a 1845.Bento Gonçalves deu seu primeiro impulso de progresso com a vinda da agência do Banco Nacional do Comércio e Banco de Pelotas. Entre os anos de 1919 e 1927 ocorrem a instalação da luz elétrica, da estação transformadora e da rede de distribuição. As principais atividades econômicas eram as do setor agrícola. Contudo, começaram a surgir várias indústrias, como de acordeões, laticínios, móveis, curtume, fábrica de sulfato e vinícolas. Em 1967 Bento Gonçalves passa por uma grande transformação, considerada um marco histórico.Com a colaboração de dinâmicas lideranças e a ajuda de toda a comunidade, surge a I Fenavinho, a Festa Nacional do Vinho.
Bento Gonçalves é a Capital Brasileira do Vinho e o maior e mais expressivo pólo moveleiro do Estado. Destaca-se pela qualidade de vida, sendo a 1ª em Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Rio Grande do Sul e a 6ª do Brasil conforme estudo feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2003. O índice leva em consideração itens como longevidade, educação, saúde e renda, além de possuir a 9 ª economia do estado.
O setor moveleiro de Bento Gonçalves representa 8% da produção nacional de móveis e 40% da produção estadual. A vitivinicultura representa a terceira maior economia do município. Bento Gonçalves é também a primeira região do Brasil a obter a Indicação de Procedência pelo Vale dos Vinhedos, certificado que qualifica a origem do produto em nível mundial.

Abaixo mais alguns dados da cidade:

População: 100.643 (IBGE 2007)
PIB: R$ 2.367.582,00
Renda Per Capita: R$ 22.763,00
Emancipação da cidade: 11 de Outubro de 1890
Localização: Encosta Superior do Nordeste
Área: 382,5 Km²
Altitude: 618 metros

ECONOMIA DE BENTO GONÇALVES *
Indústria – 1.253
Comércio – 3.529
Autônomos – 1.221
Profissionais liberais – 557
Prestadores de Serviços – 4.087

Número de indústrias:
Vinícolas – 46
Móveis – 332
Metalúrgicas – 303
Transportadoras – 359
Vestuário – 128
Alimentação – 47

Representatividade na economia:
Indústria: 77,92%
Serviços: 14,42%
Comércio: 7,66%

Setores:
Moveleiro – 70,47%
Metalúrgico e Metal-mecânico – 13,62%
Vinícola – 12,99%
Plástico – 1,09%
Têxtil - 0,76%

Cruzinha.


Era o nome da região que hoje é a cidade de Bento Gonçalves, devido a uma cruz de madeira rústica, cravada sobre a sepultura de um possível tropeiro ou traçador de lotes coloniais, e que é considerado o marco inicial da cidade, onde ali nesta época havia um pequeno comércio próximo onde os tropeiros faziam paradas para descansar.

Vale dos Vinhedos.











O Vale dos Vinhedos está localizado na Serra Gaúcha, entre os municípios de Bento Gonçalves – Capital Brasileira do Vinho, Garibaldi– Capital Nacional do Champanha e Monte Belo do Sul, conhecido assim pelos seus vales cobertos por parreirais, que compõem uma paisagem natural e privilegiada transformando-se conforme a estação do ano. Pertencem ao Vale dos Vinhedos todas as terras cujo deságue se dá no Arroio Pedrinho, numa conjunção territorial que toma parte dos três municípios.
Esta pequena região, colonizada em meados de 1875 por imigrantes italianos vindos em sua maioria das regiões de Trento e Vêneto, reúne um universo de características que a distingue das demais.
Até, aproximadamente, a década de 80 do século XX, os produtores de uvas do Vale dos Vinhedos vendiam sua produção para grandes vinícolas da região. A pouca quantidade de vinho que produziam destinava-se ao consumo familiar. Esta realidade mudou quando a comercialização de vinho entrou em queda e, conseqüentemente, o preço da uva desvalorizou. Os viticultores passaram então a utilizar sua produção para fazer seu vinho e comercializá-lo diretamente, tendo assim possibilidade de aumento nos lucros.
A evolução tecnológica das últimas décadas aplicada ao processo vitivinícola possibilitou a conquista de mercados mais exigentes e o reconhecimento dos vinhos do Vale dos Vinhedos. Assim, a evolução da vitivinicultura da região passou a ser a mais importante meta dos produtores do Vale. Para alcançar este objetivo e atender às exigências legais da Indicação Geográfica, seis vinícolas se associaram, criando, em 1995, a Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale).
A Indicação de Procedência Vale dos Vinhedos, conquistada em 2001, foi o salto que faltava para a região ser reconhecida pela qualidade de seus produtos. A conquista tornou-se garantia de origem com qualidade do Vale dos Vinhedos, sendo a primeira região do Brasil a obter uma indicação geográfica.Atualmente, a Aprovale conta com 31 vinícolas associadas e 39 associados não produtores de vinho, entre hotéis, pousadas, restaurantes, artesanatos, queijarias e outros. As vinícolas do Vale dos Vinhedos produziram, em 2008, 7,6 milhões de litros de vinhos finos equivalentes a 10,10 milhões de garrafas.

Pequeno Produtor.




Dando sequência a nosso trabalho de campo, visitamos uma pequena propriedade rural no interior de Garibaldi, a Adega de Vinho Dom Avelino, uma propriedade quem além de pequena, possuir parreiras centenárias é mantida pela família, passada de geração em geração onde fomos recebidos pelo Enólogo Jocimar, que nos mostrou o interior desta adega, sua estratura, seus produtos, além de explicar o processo de fabricação do vinho, e alguns segredos que só as pequenas propriedades tem e por isso tem uma qualidade apurada.
Segundo ele, o pequeno produtor vem sofrendo com a baixa lucratividade devido a lei seca e o pouco consumo percapito.Esta adega vende seus produtos para centros como Rio de Janeiro, Porto Alegre, além de vender na própria região e de vender vinho à granel.